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São Miguel do Guamá,26/04/2024

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MP vai investigar afiliada da TV Globo por gordofobia contra apresentadores


MP vai investigar afiliada da TV Globo por gordofobia contra apresentadores

Os vários relatos de jornalistas da TV Vanguarda acerca dos problemas profissionais motivados por razões estéticas, fizeram o Ministério Público do Trabalho (MPT) a iniciar uma investigação na empresa. Michelle Sampaio e Marcela Mesquita que perderam espaço na televisão por não estarem no peso "ideal", foram testemunhas do caso.

O inquérito que foi arquivado em março, foi reaberto nesta terça-feira, 11, depois da publicação do Uol e do relado de Marcela.

Michelle foi desligada da empresa em março de 2019, depois de trabalhar por mais de 16 anos no canal, e na ocasião ela revelou: "Fui informada pela diretora de jornalismo que a emissora optou pelo meu desligamento por eu não ter atingido o objetivo, que era emagrecer".

Marcela, que foi demitida nesta semana após 12 anos na empresa, disse que foi afastada dos trabalhos em vídeo de 2017 até o início de 2020: "Fiquei quase dois anos e meio na geladeira" disse.

"Na época, fui informada pela chefe de redação que a direção tinha decidido me afastar porque eu estava 'fora do padrão', 'acima do peso'. Foram esses os termos que usaram", relatou.

Micheli Diniz, jornalista da TV Vanguarda entre os anos de 1998 e 2003, revelou outra história semelhante em 2019: "O caso da jornalista Michelle Sampaio não é um fato isolado. Digo isto porque vivi há 15 anos a mesma situação. Na mesma emissora, com as mesmas pessoas".

No dia 24 de setembro de 2020, diante o inquérito, sob responsabilidade da procuradora Carolina de Almeida Mesquita, a TV Vanguarda concordou em assinar um "termo de ajuste de conduta", no MPT, se comprometendo a "abster-se de prática discriminatória em razão do padrão estético de seus empregados principalmente relacionado ao peso corporal, bem como abster-se de estabelecer referido padrão através de exigências invasivas à privacidade e liberdade de seus empregados".

A TV Vanguarda se compromete, ainda em não "formular exigências aos seus empregados que importem discriminação estética". Também a não "desligar dos quadros da empresa, única e exclusivamente em razão do peso, pessoas que tenham sobrepeso ou obesidade". E, ainda, de tirar da função de vídeo repórteres ou apresentadores "por motivos estéticos relacionados ao peso corporal".

O TAC ressalta que a emissora assinou o termo, mas que não reconhece as acusações feitas pelas funcionárias: "Embora a Rede Vanguarda não reconheça a prática de qualquer ato discriminatório, o presente termo de ajuste de conduta tem como escopo a demonstração de que não compactua com tal forma de conduta".

Com informações do Uol




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