Hospital de Tucuruí precariza serviços e omite informações ao conselho de saúde do município
O Hospital de Tucuruí é alvo de inúmeras denúncias feitas ao Conselho Municipal de Saúde. Pacientes relataram as dificuldades que enfrentam para serem atendidos na unidade, enquanto que servidores denunciam assédio moral.
Sob a gestão, desde maio, da Organização Social Diretrizes, o hospital deixou de ser portas abertas e passou a receber apenas pacientes referenciados. O problema é que a regulação nega leitos e os doentes são obrigadas a fazer o tratamento fora do domicílio.
Segundo informações, quando a Diretriz assumiu o hospital era gerido com menos de R$ 2 milhões mensais para atender aproximadamente mil pessoas. Hoje a OS recebe R$ 7 milhões e não atende metade do que era antes. Outro problema frequente é a falta de máquinas tipo autoclave que tem quebrado reiteradamente.
“A direção persegue servidores concursados para que não falem a verdade do que está acontecendo no hospital. Os diretores vieram do Estado do Amazonas com intuito de nos coagir”, diz uma servidora afirmando que hoje, o hospital sequer tem alvará de funcionamento da vigilância sanitária.
Entre 28 de maio e 1º de setembro, o Conselho Municipal de Saúde de Tucuruí enviou, a OS Diretrizes, sete ofícios com pedidos de informações sobre a gestão do hospital. Todos foram ignorados.
O Sindicado dos Médicos do Pará vai reiterar os pedidos de informação a OS. Entre os dados solicitados devem estar, por exemplo, relatório interno de compra de remédios, matérias técnicos, leitos oferecidos, número de profissionais e atendimentos realizados. Caso não haja retorno, o Sindmepa não descarta ingressar com ação judicial para garantir que o Conselho Municipal de Saúde tenha acesso aos dados que são fundamentais para acompanhamento dos serviços de saúde no município.
(Roma News)
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