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São Miguel do Guamá,05/05/2024

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Paraenses ganham prêmio nacional de divulgação e venda de produtos da agricultura familiar


Paraenses ganham prêmio nacional de divulgação e venda de produtos da agricultura familiar

É da comunidade ribeirinha do rio Anapuzinho, em Igarapé-Miri, e de Abaetetuba que vêm os dois novos jovens premiados na 8ª edição do programa Campus Mobile, realizado pelo Instituto Claro. Maurício Pantoja, 24, e Rômulo Farias, 19, conquistaram o 1º lugar na categoria Smart Farms ao desenvolverem o aplicativo Farm.Go voltado para a divulgação e comercialização de produtos cultivados pela agricultura familiar na região de Abaetetuba, no nordeste paraense.

A plataforma foi elaborada em uma semana e testada durante dois meses. Os dois estudantes agora trabalham para ampliar a área de abrangência do aplicativo, levando para o alcance dos moradores de Belém interessados em produtos orgânicos. O trabalho competiu com mais de 90 projetos de todas as regiões do Brasil. O concurso é voltado para universitários e recém-formados que pesquisam e elaboram projetos que possam trazer benefícios para a sociedade por meio de aplicativos, produtos e serviços.

Os dois estudantes receberão R$ 6 mil em prêmio e uma viagem para o Vale do Sílicio, nos Estados Unidos, onde irão conhecer empresas das áreas de inovação e tecnologia. Na ocasião, poderão apresentar o aplicativo Farm.Go que criaram.

Rômulo e Maurício são estudantes do Instituto Federal do Pará (IFPA), campus Abaetetuba, e são acompanhados pelo Instituto Açaí, projeto desenvolvido pelo professor Gilberto Silva que estimula os jovens da região a desenvolverem projetos científicos e tecnológicos tendo como ponto de partida a vida e a cultura local. “A gente quer que eles (estudantes) aprendam processos. Que vejam coisas e comecem a pensar e a montar, criar”, disse o professor.

Maurício, que se formou recentemente em Ciências Biológicas, traz em seu currículo participações em feiras de ciências regionais e nacionais, mas foi a primeira vez que participou disputando uma premiação. “Nós estávamos em feira de ciências para universitários, em São Paulo, quando soubemos do evento e da competição”. Ele já sabia que iria precisar de um parceiro para trabalhar junto no projeto e convidou Rômulo, que estuda Informática.

FAMÍLIAS

Questionado sobre o motivo de ter escolhido trabalhar num projeto para a agricultura familiar, respondeu que pensou nas dificuldades das famílias, que trabalham com produtos orgânicos e enfrentam dificuldades para distribuir e comercializar seus alimentos. “Pensei na possibilidade das pessoas comprarem pela internet e receberem os produtos em casa, tudo isso por um serviço disponível por meio de um aplicativo”, explicou. “Procurei saber o que as pessoas querem, na verdade, e por quais meios. Tudo isso foi me ajudando a agregar valores que poderiam me fazer ajudar os menores agricultores”, disse Maurício.

Meta é ampliar o serviço

A cada nova ideia ele e Rômulo pensavam em como colocar isso na plataforma. Essa etapa já foi liderada pelo estudante de Informática. “A gente já está com o aplicativo pronto, mas pensamos também no público que não vai baixar a plataforma, mas vai querer o serviço. Estamos trabalhando agora na criação e montagem do Website Farm.Go”, comentou Rômulo. “A gente já vai estar com essa nossa plataforma (o site) disponível mês que vem”, projetou.

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Durante as etapas de testes do aplicativo, os jovens selecionaram quatro famílias que abastecem a feira de Abaetetuba com produtos orgânicos. A área de abrangência da comercialização e entrega dos alimentos ainda está no limite da cidade, mas Maurício e Rômulo já planejam ampliar os serviços para a Região Metropolitana de Belém.

“Já no próximo semestre vamos atuar em Belém. As pessoas poderão fazer uma espécie de assinatura e dizer o que querem, que a gente montará a cesta e levará na casa delas ou no restaurante. Assim, a gente vai gerar renda também para quem trabalha com entrega. Claro que obedecendo critérios de higienização”, planeja Maurício, que já começou a estudar dois possíveis pontos de distribuição para os alimentos.

Agricultores

Aos 64 anos, a agricultora Maria Monteiro acompanha, da cozinha de casa, os filhos cuidando da manutenção da horta e das plantações de frutas no terreno da família e arrumando os produtos que vão abastecer parte da feira e do comércio de Abaetetuba. “Enquanto eles estão cuidando das sementes, folhas e na colheita, preparo as rasas (espécie de paneiro) para armazenar os alimentos”.


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