A aprovação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou alta, mas segue atrás da reprovação, conforme a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (11/9). O levantamento foi realizado em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), julgado por atentado a democracia.

Segundo o instituto, 33% dos entrevistados avaliam a gestão Lula como ótima ou boa — uma alta de quatro pontos em relação à pesquisa de julho.

O índice volta ao patamar de dezembro de 2024, antes da queda de popularidade do petista.

Já a reprovação ao governo continua maior: 38% classificam a administração como ruim ou péssima. Outros 28% consideram a gestão “regular”, enquanto 2% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa foi realizada entre segunda (9/9) e terça-feira (10/9), em 133 municípios, com mais de 2 mil entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O resultado mostra uma leve recuperação da imagem de Lula em meio a um cenário político marcado pelo julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). O petista tenta retomar apoio popular após meses de desgaste, enquanto a oposição enfrenta o impacto do processo judicial contra o ex-presidente.

Recuperação após queda

Lula havia iniciado 2025 em dificuldades, pressionado por crise política, problemas econômicos e pelo desgaste da chamada “crise do Pix”. Em dezembro de 2024, tinha 35% de ótimo/bom, 34% de ruim/péssimo e 29% de regular.

Nos meses seguintes, os índices despencaram para 24% de aprovação, 41% de reprovação e 32% de avaliação regular, recuperando-se levemente em setembro.

Na rodada anterior, no fim de julho, o governo registrava 29% de ótimo/bom e 40% de ruim/péssimo. A melhora atual interrompe um período de estagnação.

Comparação com Bolsonaro

Após dois anos e nove meses de mandato, Lula aparece com 33% de avaliação positiva. No mesmo período de governo, Bolsonaro tinha 22% de ótimo/bom e 53% de ruim/péssimo, com 24% de regular.

No recorte sobre o trabalho pessoal de Lula como presidente, 48% afirmaram aprovar sua atuação, contra 48% que desaprovam — empate dentro da margem de erro. Em julho, a aprovação era de 46%, e a desaprovação de 50%.