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São Miguel do Guamá,19/04/2024

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Alepa reconhece Siriá como patrimônio cultural e imaterial do Pará

Gênero musical foi reinventado pelo cametaense Mestre Cupijó na década de 1970. De autoria da deputada Dilvanda Faro, PL segue para sanção do Executivo


Alepa reconhece Siriá como patrimônio cultural e imaterial do Pará

Originário de Cametá, o gênero "siriá" quase foi extinto. Porém, o multi-instrumentista Joaquim Maria Dias de Castro, mais conhecido como Mestre Cupijó ousou em transformar o gênero popular do interior do estado em sucessos musicais com a inserção de elementos inovadores. 

A Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) reconheceu o gênero musical Siriá como patrimônio cultural e imaterial do estado do Pará. De autoria da deputada estadual Dilvanda Faro (PT), o Projeto de Lei 391/2021 foi aprovado por unanimidade na Casa de Leis, nesta terça-feira (12). Agora, o PL segue para sanção do Executivo. 

Para que o Siriá não desaparecesse, Cupijó acelerou a batida e incluiu arranjos de sopro, agregando, ainda, a influência caribenha, como o mambo e o merengue. Sua adaptação fez sucesso na década de 1970 e chegou a ser regravado por artistas como Fafá de Belém e por Roberto Leal, conquistando sucesso em nível nacional.

“Este Projeto de Lei tem como objetivo reconhecer e dar o devido valor para o gênero musical reinventado pelo cametaense Mestre Cupijó, para que as novas gerações de músicos encontrem as antigas gerações, e, assim, descubram e conheçam melhor a música popular do nosso Pará”, destaca a deputada.

Resgate cultural 
Para resgatar a história do Siriá, em 2019, foi lançado o longa-metragem "Mestre Cupijó e seu Ritmo", produzido pela cineasta paraense Jorane Castro, sobrinha do músico. Após o falecimento do tio, ela conversou com a família sobre o desejo de realizar o documentário, mostrando também a história da banda “Azes do Ritmo”. 

O longa traz depoimentos de pessoas que eram próximas ao Mestre e uma mescla de imagens de arquivo que apresentam as falas de Cupijó, bem como de seus filhos e de várias integrantes do projeto. As pesquisas realizadas pro longa deram origem, ainda, ao Baile do Mestre Cupijó. 

Além de músico e compositor, Cupijó foi vereador e advogado. Morreu em Belém no dia 25 de setembro de 2012, acometido por um câncer. Afastado dos palcos por conta da doença, ele reclamava do ostracismo.

Vale lembrar que o Estado já reconhece como patrimônio a manifestação folclórica do Siriá, com destaque para a dança coreográfica, por meio da Lei 8.453/2016.










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