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São Miguel do Guamá,19/04/2024

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Bolsonaro poderá definir alianças do PL nos estados

Partido decidiu que o chefe do Executivo e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, definirão quais devem ser as coligações da sigla


Bolsonaro poderá definir alianças do PL nos estados

A cúpula do PL decidiu, na tarde desta quarta-feira (17), que o presidente Jair Bolsonaro poderá definir com o comandante da legenda, Valdemar Costa Neto, quais alianças o partido deverá estabelecer no ano que vem para as eleições de 2022. Com isso, a legenda não apoiará candidatos ou partidos que sejam adversários do chefe do Executivo em qualquer estado.

Os dirigentes da sigla se reuniram na sede do partido, em Brasília, para discutir quais modificações podem ser feitas para tentar confirmar o ingresso de Bolsonaro no PL, que se filiaria ao PL na próxima segunda-feira (22), mas cancelou a cerimônia justamente por não ter conseguido até então um acordo com Costa Neto para controlar alguns diretórios estaduais da legenda.

Segundo o senador Jorginho Mello (PL-SC), vice-líder do governo no Senado, Costa Neto terá "carta branca" para decidir as estratégias do PL em cada estado, mas o apoio a determinado candidato só será concretizado se Bolsonaro também estiver de acordo.

"O apoio do partido será para o presidente Bolsonaro e não terá nenhum governador, nenhum senador que não esteja alinhado com o projeto do presidente Bolsonaro. Em nenhum estado o Partido Liberal vai estar dessintonizado com o projeto da reeleição do presidente Bolsonaro", afirmou Jorginho.

Nos últimos meses, por exemplo, o diretório do PL em São Paulo passou a dar respaldo à provável candidatura do vice-governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), ao posto de governador de estado. Bolsonaro não aceitava esse posicionamento, pois entende que o PL estaria dando palco para um dos principais rivais políticos, o governador João Doria (PSDB-SP), que se coloca como pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto.

A situação é similar em alguns estados do Nordeste, a exemplo de Bahia e Piauí, onde o PL é da base de apoio dos atuais governadores Rui Costa e Wellington Dias, respectivamente, ambos do PT. Novamente, Bolsonaro demonstrou desconforto com a linha seguida pelo PL, desta vez por temer que o partido pudesse favorecer a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também disputará as eleições presidenciais.

Com a decisão tomada nesta quarta, Valdemar ganhou o poder de modificar eventuais alianças que já tenham sido feitas. Segundo Jorginho, representantes do partido dos 26 estados e do Distrito Federal estiveram na reunião, e todos concordaram com a mudança de posicionamento do partido, sem dissonâncias.

"O que o partido decidiu, por unanimidade, com todos os estados presentes, é que estamos alinhados com o presidente Bolsonaro para recebê-lo. O presidente Valdemar tem carta branca para coordenar tudo isso e todos os estados do Brasil estarão sintonizados com o presidente Bolsonaro", reforçou o senador.

O senador Wellington Fagundes (PL-MT) comentou que "estamos recebendo um presidente com uma posição ideológica muito clara, de centro direita, portanto, dificilmente acontecerá uma coligação com partidos de esquerda".

Ele acrescentou que, "por parte do PL, está tudo harmonizado". "Não teve, até agora, nenhum parlamentar, nenhuma liderança expressiva do partido que se manifestou contrário. Todos entendem que, acima de tudo, temos que construir um partido forte. Todos nós temos uma história e sabemos que o mais importante é o coletivo. A maioria dos parlamentares entende dessa forma", disse.

"Queremos receber o presidente Bolsonaro o mais rápido possível, até para que cada um possa também estar estruturando nos seus estados as campanhas eleitorais. A decisão é dele [Bolsonaro], mas o importante é que no partido está extremamente harmonizado e com a autorização da direção do PL para fazermos todos os entendimentos necessários", completou.

A assessoria de imprensa do partido informou, por meio de uma nota à imprensa, que o PL "está pronto e alinhado para receber o presidente da República, Jair Bolsonaro, em todos os estados", e também disse que Costa Neto "tem carta branca para conduzir e decidir sobre a sucessão presidencial e a filiação do presidente".





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