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São Miguel do Guamá,20/04/2024

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Pesquisa aponta que 58% dos feminicídios são cometidos por companheiro ou ex


Pesquisa aponta que 58% dos feminicídios são cometidos por companheiro ou ex

A Rede de Observatórios da Segurança analisou 1.823 casos de violência contra a mulher em cinco estados, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, e constatou o desolador número de cinco casos diários nessas regiões durante 2020. Desse total, foram 449 feminicídios. Em ao menos 58% desses casos, os criminosos eram maridos, namorados ou ex-companheiros da vítima.

E mais, 41% dessas mortes foram provocadas após uma briga ou o fim do relacionamento. Ou seja, a maior parte dos criminosos tinha relação com a vítima e a matou em decorrência dela. Segundo o boletim, houve picos nos números de violência de gênero após o isolamento social devido à pandemia de coronavírus, justamente porque as vítimas estão mais em casa, com o agressor.

"Quando a gente está no processo de monitoramento e se depara com esse tipo de violência, nos colocamos no lugar dessas vítimas. E é devastador, principalmente quando a gente vê a motivação e como o crime foi executado. Parece que esse ciclo segue hoje e amanhã e depois. É uma guerra que a gente vai tendo internamente", avalia a pesquisadora Dália Celeste, do Observatório da Segurança em Pernambuco.

Em São Paulo, estado mais populoso entre os cinco analisados, foram levantadas 200 mortes de mulheres em 2020 segundo os pesquisadores. É o local que concentra 40% dos casos monitorados pela rede. O Rio de Janeiro é o segundo. A compilação desses números gerou o boletim "A dor e a luta: números do feminicídio", lançado nesta quinta-feira (4). A Rede é um projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC).

Dos cinco registros de crimes contra mulheres por dia, eles representam 10% do total das 18 mil notícias de violência levantadas pelo grupo, o feminicídio e a violência contra mulher ocupam o terceiro lugar entre o levantamento geral de crimes que a Rede analisou, atrás apenas de eventos com armas de fogo e ações policiais.

"Enquanto sociedade, o que a gente pode fazer é cobrar do governo atendimento mais emergencial em relação à proteção das mulheres. Elas estão em contato diário com seus agressores e muitas das vezes não conseguem fazer a denúncia por completo", afirma Dália.

Fonte: UOL.




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