A morte de centenas de elefantes em Botsuana, no sul da África, preocupa pesquisadores e conservacionistas que atuam na região. As carcaças dos animais começaram a aparecer, no início de maio no Delta de Okavango (ou Delta de Cubango) e a causa da mortandade ainda é um mistério.  Foram coletadas amostras mas o resultado deve demorar algumas semanas.

São mais de 350 esqueletos, pouco mais da metade localizados ainda no mês de maio em um sobrevoo na região. Após novas investigações, a quantidade quase duplicou. “Conseguir enxergar e contar tantos em tão pouco tempo é espantoso. É algo totalmente sem precedentes em termos do número de elefantes mortos em um único evento sem relação com a seca”, disse Niall McCann, biólogo.

Em maio, o governo de Botsuana descartou que o motivo fosse a caça ilegal, já que as presas de marfim ainda estavam nos animais. Alguns pontos da investigação apontam para algo que não seja a caça. “Só elefantes estão morrendo, e nenhum outro animal. Se fosse cianeto usado por caçadores, haveria outras espécies mortas”, acrescentou o ativista.

Entre as causas pesquisadas estão a antraz, uma doença causada por ingestão de uma bactéria encontrada no solo, que matou pelo menos 100 elefantes em Botsuana em 2019, mas há outras hipóteses em estudo. Para McCann, existem alguns indícios de algo esteja causando danos ao sistema neurológico dos elefantes. A maneira com que os elefantes parecem estar morrendo, caindo de cara no chão, enquanto outros são vistos transitando em círculos.

A morte ainda misteriosa dos animais levanta ainda a possibilidade de ser uma doença que em algum momento possa chegar aos humanos, principalmente se a causa estiver ligada a recursos hídricos ou ao solo.

Fonte: (Roma News)